Poesia Audiovisual

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Eu morro todos os dias...

O Vento sopra Norte, é frio e nada me diz.
Mas quando me toca gelando o meu rosto, faz-me acreditar que leva com ele a minha saudade e os meus pensamentos...
É Outono e sei que tambem ai onde estás o Vento soprará norte... é de aqui que ele vai.
Tenta então que quando ele te tocar , gelando o teu rosto, tenta sentir a saudade e os pensamentos, ouve com atencão ,ele leva a minha palavra.
Eis que o Mar me fala , este conta-me sobre ti.
Diz que te viu e te tocou, "Trago comigo o seu toque" diz desfazendo-se em espuma...e eu entro na agua fria tentando sentir-te.
Os ossos gelam e a minha pele parece arder de tão fria que está, mas a minha Alma, essa arde por saber que toco a mesma água que tocas-te, e quase consigo sentir o teu cheiro.
Agora aqui sentado na areia , com as minhas roupas molhadas , há apenas silencio, o Mar já não diz nada e o Vento Norte não sopra mais. Creio que também os meus pensamentos gelaram, apenas olho o horizonte , incrivelmente infinito, perco-me nesta solidão e morro... morro hoje para poder voltar a nascer .
Eu morro todos os dias e todos os dias volto a nascer

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