Poesia Audiovisual

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Alentejo

As árvores sedentas
Gritam por vida e não por água
E as planicies secas
Sentem-se sós e abandonadas
E os montes brancos
Cairam, não foram derrubados
E as gentes da terra
Fugiram quase obrigados
E eu ouço os gritos
De uma Terra em sofrimento
E sinto a dor
Que me come por dentro
E abro os meus braços
E abraço-te forte
E sinto inveja
De quem tem a sorte
De viver nos teus campos
De quem sente as calmas
De uma tarde de Agosto
E se senta á porta
Para apanhar o fresco ao sol posto
De quem prova
O teu pão todos os dias
E bebe o teu vinho
Que o teu sol amadorou.

1 comentário:

Alda disse...

afinal estou serta e mesmo saudades e lindo filhote es mesmo um grande pueta bjs